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Uma estirpe frequente dessa patologia que denominamos de "amizade", com nuances mais ou menos cor-de-rosa, é a complexa, misteriosa e desafiante "amizade amor-ódio-tensão sexual". Prova disso mesmo são as aproximações nada furtivas entre amigos, já entre o despudorado e o óbvio, com tiradas ansiosas e exigentes, em redondéis de palavras atiradas a esmo como insinuações, provocações e outras complicações com mais "ões" pelo meio.
Muitas vezes dissimulada por uma aparente incompatibilidade de personalidades, é, na verdade, o oposto o que sucede. Diz-se de há muito que os extremos se atraem, e essas lutas, essas refregas com um afastamento teórico no final só reforçam a lógica que os denuncia: no final existe sempre reconciliação, esse "fazer as pazes" sempre mais caloroso que da última vez, sempre mais próximo e quase diria… físico.
As sequências de diálogo entre eles são autênticas pérolas, com muita ternura e elogio mútuo entrecortados por subtis nuances de sedução que nenhum quer admitir, não tanto por vergonha, mas por medo de estragar o jogo, que, como qualquer brinquedo, só funciona inteiro. O pior é que também só tem emoção durante um tempo limitado que por norma é assaz curto… Ainda há uns dias observei esta sequência, onde um dos "amigos" era casado e a outra, de bastante jovem ainda, solteira:
Ela: Amigo, não sei o que faria se não fosses tu. Só me apetece deixá-lo, ele não me compreende.
Ele: Isso passa, isso passa. Vais ver que ele ganha juízo.
Ela: És um querido. Adoro-te. Precisava que ele fosse mais como tu. Se houvessem mais homens assim…
(palha e mais palha…)
Ele: Aborrecias-te (risos). Sou demasiado exigente para ti.
Ela: És é convencido.
Ele: E tu és a Miss Modéstia, não?
(troca de galhardetes…)
Ela: Que parvo! Olha, quem não está bem que se mude!
O jovem levantou-se e afastou-se uns quantos metros, e ficou a olhar o rio. Menos de um par de minutos depois ela colou-se a ele com quantas forças tinha a pedir desculpa e a encher-lhe pescoço e bochechas de beijos, com algumas trajectórias rasantes e intencionais aos lábios. Se ele não percebeu? Percebeu claramente, e como bom amigo que é apenas se ficou pela palmadinha suave na nádega finalizando num gracioso aperto. Um exemplo claro de um menino bem comportado, não concordam?
Portanto ficam ilustrados aqui os diversos timings desta patologia que pode, em última instância, ser fatal para os compromissos:
Amizade
Aproximação
Sedução / Tensão Sexual
Afastamento
Reconciliação / Tensão Sexual
O que vos parece este tipo de amizade, que não sendo um cor-de-rosa gritante, fuchsia, não deixa de ser um tom pastel do mesmo rosa?
Na virtualidade, é uma realidade recorrente, mas nem sempre admitida...
(In)Verso