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Quarta-feira, 4 de Julho de 2007

Exclusividade Sexual!

 

Maluca!

 

 

Nas abordagens anteriores perspectivo a relação sexual de forma aberta e, sei lá eu porquê, quem comenta fecha tudo numa perspectiva a dois, e só a dois.
Portanto, assumo que são as pessoas mais indicadas para me explicarem essa coisa da fidelidade, a qual eu chamo com muito carinho de: Exclusividade Sexual!

 

Numa relação assumida e consentida (namoro/casamento/vivência) está sempre presente, à priori, a noção de fidelidade que não é mais que o dar continuidade ao que se sentia no início. Isto é: Temos a paixão, aquela cena avassaladora que uns dizem ser amor, outros dizem ser magia, mas que se resume a uma cegueira fisiológica protagonizada pelo nosso organismo. Esta cegueira não nos permite olhar à volta, só para o que nos cegou, e é aqui que começa essa história da fidelidade.
A paixão é efémera. Mais cedo ou mais tarde, a coisa passa, e deixamos de ficar cegos. Porém, já se tem uma relação assumida. E aqui começa a treta da história toda. Fidelidade porquê? Para simular que ainda andam cegos?

 

Aceito a fidelidade moral. Acho que é bonita e sempre dá valor à frase "Olhos para todas, coração para uma!". Tem o seu quê de poesia. Mas vai daí, e o que sucede é que na ausência de ciúmes, a liberdade do olhar expande para a liberdade do tocar e nestes casos a frase "mãos para todas, coração para uma!" já não tem aplicação e aceitabilidade quase nenhuma. Ora isto, pouco ou nada tem a ver com ciúmes ou fidelidade, mas sim com a questão territorial: "O que é meu, é meu!"
Quase que se pode esquecer a conversa do "coração só para uma" porque o que está em causa são as mãos (ou sabe-se lá mais o quê).
Se a fidelidade é suposto ser algo sincero e humano, o que é que o sexo tem a ver com isso? Se se ama ou gosta desta fulana, porque é que lhe deve exclusividade sexual? A emoção amor está assim tão relacionada com o sexo, que este passa a ser uma questão de fidelidade? Quem é que decidiu isto?
Desde quando é que por amar esta fulana, uma pessoa fica inibida de sentir a tal paixão por cicrana? Porque lhe é fiel ou porque tem que ser fiel?


Detesto esta noção de exclusividade sexual. Não tem razão de ser. É contra-natura, e pior: só alimenta desgostos de amor, que... enfim, caso a nossa moral fosse algo de razoável, não teriam lugar!
Quase parece que muitas relações terminam por causa da "infidelidade" sexual, esquecendo se havia ou não fidelidade emocional... mas sejamos sinceros, isso importa, quando é o sexo que está na mesa?

Com isto não defendo que haja promiscuidade, e que a libertinagem seja algo de assumido, apenas não compreendo esta noção de exclusividade sexual como sinónimo de fidelidade!!
Ora, alguém avança e explica porque é que se sente tão satisfeito em ter um, e um só parceiro sexual (em teoria para sempre), e exigir dele essa mesma condição de ser singular?

 

AlfmaniaK

Estampa: cheio de dúvidas!!!
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Esticado por AlfmaniaK às 17:50
Esta cueca | Partir um elástico | Engavetar
26 comentários:
De AlfmaniaK a 6 de Julho de 2007 às 10:06
Bom, primeiro salientar a frase "de igual forma para ambos os sexos." - Sublinho e reforço.

De facto acho que a separação seja óbvia, mas fiquei sem perceber se achas que as pessoas levam essa distinção a sério ou não... eu acho que anda meio mundo a brincar com isto e que só está a adiar conlitos desnecessários. Isto, para não recordar que misturam valores morais com vontades físicas, e que pior que banalizar conceitos, usam-nos consoante ao que convém... enfim!

Sim, reafirmo que é contra-natura. Os casos monogâmicos que se verificam na natureza são a excepção que confirmam a regra. E no caso do Homem já há estudos que vêm deitar por terra essa coisa de que somos monogâmicos. Não somos, porque é que insistimos nisso?
E em jeito de brincadeira, por cada espécie animal que identifique que acasala com o mesmo parceiro para toda a vida, posso identificar 2, 3, 4, 20, 50 sei lá quantos que não o fazem. Isto só para enquadrar a monogâmia na Natureza como algo de raro.

Por achar ainda mais interessante, acho que hoje já somos livres de fazer sexo com nos apetece. Aparentemente, não podemos é repetir a dose, porque violámos a exclusividade sexual. Porém, esta exclusividade já não se aplica ao histórico... enfim. Até parece que a ideia é alimentar a utilização sexual descartável da pessoa.
"Ou tens sexo comigo para sempre, ou partes para outra e aqui não voltas!!!!!"
Enfim, haja paciência!
De sextrip a 6 de Julho de 2007 às 14:07
Alfmaniak (olá)
cada um de nós terá a sua noção de contra-natura.
contudo, só existe uma definição - essa diz que se considera contra-natura tudo aquilo que se faça e que não tenha paralelo na natureza.
(a igreja é pródiga nessas pesquisas)
a partir do momento em que, na natureza, haja uma excepção - o uso do argumento não se pode colocar.

de qualquer forma - nunca gostei do uso da expressão.
acho-a demasiado utilizável ao sabor das conveniências de momento.

a pretensão de que "o homem não é um ser monogâmico" está - na maioria das vezes - empestada de teor machista, em que "o homem" não é a humanidade, o ser humano, mas sim e literalmente "o macho".

muito conveniente - justificamos os tradicionais "ao homem não fica mal ter várias mulheres / mulher séria só conhece um homem".

também acho que não somos monogâmicos, mas - não pactuo com grandes opções revolucionárias sem que se seja imparcial e honesto.

mais conheça eu de senhores que defendem isto com unhas e dentes mas que, se a mulher (ou namorada) diz que o vizinho do 2º esquerdo é muito simpático, ardem em febres ciumentas e rebenta a discussão.

sermos capazes dessa destrinça fidelidade afectiva // sexual afigura-se-me extremamente difícil de, em poucos anos (muitas décadas) se tornar expansível (pelo menos) nas sociedades judaico-cristãs.

há quem assim viva (eu conheço um caso) mas - e não é arrogância, garanto - não é para toda a gente.
implica dar golpes de rins por sobre coisas que nos são imanentes.

detesto o ideal de "casamento"!
acho que o viver-se toda uma vida com outra pessoa deveria ser uma questão natural (se assim fosse bom para ambos, pois que o fosse).
assim como natural deveria ser terem-se diversos relacionamentos ao longo da vida (pelas mesmas razões).
quem optasse por "casal aberto" - óptimo.
quem tivesse outras alternativas - óptimo de novo.

a questão será sempre as "moralidades" a imporem um uniformismo - a treta do pavor ao "Caos", à "anarquia" e blá blá blá.

pergunta aos senhores sociólogos : acaso não vivemos numa anarquia camuflada de moral e bons costumes?!
não é o que temos hoje em dia?!

deixem um dia, ao critério das pessoas, a opção por aquilo que achem verdadeiramente ideal para si, sem espartilhos moralizantes e critica social avulso.
haveria um período de "rebaldaria" inicial mas acredito que no passar do tempo se acabaria por se ser mais feliz.

utopia?!?
só para quem não lhe interesse ver que os modelos "muito realistas" de antanho falharam redondamente - que a sociedade actual se come a si própria.

Partir um elástico

.Estendal